quarta-feira, 15 de maio de 2013

Leilão rende R$ 250 milhões ao RN

Rio (AE) - Após cinco anos sem ofertar novas áreas para exploração, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) encerrou ontem a 11ª rodada de licitações com forte interesse do setor privado, que arrematou dois terços dos 155 mil quilômetros quadrados ofertados. 
Júnior SantosA exploração no mar despertou forte apetite nas empresasA exploração no mar despertou forte apetite nas empresas

saiba mais

  • OGX, de Eike Batista, foca em águas profundas
  • Faltaram interessados para 12 bloco
    Doze petroleiras do Brasil e 18 do exterior pagaram um volume recorde de bônus de assinatura pelas concessões (valor pago pelas empresas quando da assinatura dos contratos de concessão): R$ 2,823 bilhões, superando os R$ 2,1 bilhões da 9ª rodada, em 2007. “Foi um sucesso assombroso”, disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. “O resultado superou nossas expectativas de arrecadar R$ 2 bilhões”, disse.

O valor pago pelas empresas na assinatura dos contratos ficou 797% acima do mínimo exigido pela ANP. Foram arrematados 142 dos 289 blocos ofertados com investimentos mínimos somando cerca de R$ 7 bilhões, um ágio de 628% em relação ao mínimo requerido. Com relação à Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, dos 30 blocos ofertados 18 foram arrematados garantindo investimentos mínimos de R$ 250 milhões no setor. 

O período de exploração  na Bacia Potiguar varia de cinco a sete anos, e a fase de produção tem duração prevista de 27 anos. Esses prazos podem ser reduzidos ou ampliados em alguns casos previstos no contrato, segundo a ANP. Vinte dos 30 blocos são considerados ‘maduros’, ou seja, já são conhecidos. 

Petrobras

Nacionalmente, a Petrobras foi a empresa que mais venceu lances, mas com novo perfil. Preferiu parcerias, especialmente nos blocos mais caros em alto mar, e abriu mão de ser operadora na maioria deles. A maior ausência foi das empresas asiáticas, que não arremataram áreas, frustrando expectativas.

A OGX surpreendeu ao fazer várias ofertas, apesar de enfrentar uma crise de confiança e dificuldades para geração de caixa. Era da OGX o recorde anterior de valor pago por um bloco (R$ 344 milhões), mas apesar de ter sido ousada no passado a companhia não encontrou petróleo como esperava.

Uma parcial com oito das 11 bacias ofertadas mostrou que a petroleira levou 13 blocos, sendo dez sozinha. A ANP ainda não fechou o balanço total do evento com blocos por empresa. As ações da OGX reagiram com uma alta de 5,39%.
O leilão também marcou a volta da ExxonMobil ao Brasil, com dois blocos. A estrangeira terá parceria com a OGX, o que o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, considerou “mostrar respeito” à empresa brasileira. O resultado do leilão mostra o apetite das empresas e dá uma mostra da disposição que terão nas duas próximas rodadas deste ano, uma de gás, em outubro, e a do pré-sal, em dezembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário